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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Setor imobiliário vibra com resultado de 2007

João Alvarez, da Agência A TARDE

O mercado imobiliário baiano acompanhou a tendência de crescimento da economia brasileira e fechou 2007 com um volume de vendas superior a 7,1 mil unidades, uma alta de 63,3% em relação ao ano anterior. A explicação para o crescimento exponencial encontra-se na fartura de crédito e no alongamento dos prazos do financiamento, fatores que trouxeram o consumidor de volta às compras. Os dados foram divulgados à imprensa, nesta terça-feira, 18, pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi).

O fôlego do mercado para a aquisição de imóveis trouxe otimismo ao setor, algo que repercutiu no volume de lançamentos. Os componentes da associação lançaram, no ano passado, 9.068 unidades, contra 5.098 em 2006, uma expansão de 77,8%. O presidente eleito da Ademi-BA, Walter Barretto Júnior, afirmou que um dos gargalos para o crescimento do setor nos próximos anos poderá ser a carência de pessoal qualificado.

Barretto assume o cargo no próximo dia 27, e já prevê programas de educação ao trabalhador do setor. A perspectiva é buscar apoio do governo estadual para tanto. Apesar das dificuldades no quesito mão-de-obra, a previsão é de geração de 40 mil vagas na construção este ano, contra 35 mil postos em 2007.

O crescimento acelerado do setor tem provocado alta considerável nos preços de terrenos em algumas áreas da cidade. A Paralela é o caso mais emblemático. Apenas em dois anos, o metro quadrado na região teve elevação de 400%, chegando a custar R$ 1 mil, observa o atual presidente da Ademi, Luiz Augusto Amoedo, que ocupou o cargo pelos últimos quatro anos.

Ele não falou a respeito da valorização dos terrenos em outras áreas da cidade, com a avaliação de que algo mais consistente poderia apenas ser dito após a análise do impacto do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). “Mas podemos adiantar que a orla, por exemplo, vai ser uma área que poderá ser ocupada pela classe média”, disse.

Baixa renda – A previsão decorre da estrutura da área, composta por edificações de três a cinco pavimentos, em sua maioria, o que enseja dificuldade de compra para a implantação de projetos de maior porte, voltados às classes alta e média-alta. Porém, áreas como Armação e Piatã podem estar na mira dos grandes investidores, conforme aponta Amoedo. Nestas áreas, as dificuldades estruturais seriam menores, aponta o executivo.

Walter Barretto pretende assumir o cargo de olho no primo pobre do mercado imobiliário local, o consumidor de baixa renda, classificado como aquele que tem remuneração familiar mensal de até três salários mínimos. Ele não apresentou números para o segmento, mas confessou entusiasmo diante do PDDU.

Na planta do plano, há uma série de “manchas” designadas para a população de baixa renda. Ele, porém, acrescenta que cabe ao governo federal, a partir de programas subsidiados, garantir o acesso das famílias com rendimento mensal de até três salários ao mercado.

O segmento concentra cerca de 90% do déficit habitacional do País. Um indício de uma progressiva democratização do acesso à casa própria pode ser observado a partir da perspectiva de movimentação no setor imobiliário baiano previsto para este ano. A expectativa é de gerar R$ 2,5 bilhões em negócios, um empate com 2007, apesar da expectativa de maior volume de unidades vendidas no presente período. “Pois a tendência é que o valor médio dos imóveis caia”, prevê Luiz Amoedo.

O prognóstico do setor imobiliário para os próximos anos é bastante otimista, algo que nem mesmo a redução no ritmo de crescimento da economia norte-americana poderia afetar. No mercado baiano, a previsão mais conservadora para este ano é de encerramento do exercício com pelo menos dez mil unidades comercializadas.

“O crescimento atual do País está atrelado à demanda interna, o que nos protege de alguma maneira, pois os fundamentos da economia brasileira são sólidos”, destaca Amoedo.

De acordo com informações da Ademi, o espaço para o crescimento do mercado imobiliário é garantido, dentre outros fatores, pela expansão do crédito. A previsão é que as instituições financeiras disponibilizem ao mercado aproximadamente R$ 23 bilhões este ano para a compra da casa própria – uma alta de 26% ante a 2007.

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